A utilização de drones em operações remotas está a expandir-se rapidamente, e a mais recente tecnologia da DJI, a DJI Dock 2, é um exemplo de como os drones podem ser usados de forma automatizada e eficiente. No entanto, para quem deseja incorporar esta solução inovadora na sua frota, é fundamental compreender as exigências legais na União Europeia para garantir que a operação esteja em conformidade com a regulamentação vigente.

Neste artigo, explicamos os principais aspetos que deve conhecer para operar a DJI Dock 2, respeitando as normas impostas pelas autoridades europeias e nacionais, como a ANAC em Portugal e a AESA em Espanha.

Categorias de operação de drones na Europa

Como pode ser lido neste artigo, na União Europeia, as operações com drones são classificadas em diferentes categorias, consoante o nível de risco que representam. Para a maioria dos drones comuns, as operações são realizadas dentro da Categoria Aberta, que abrange atividades de baixo risco e não exige autorizações especiais. No entanto, quando falamos de operações automatizadas, como as possibilitadas pela Dock 2, estamos a lidar com a Categoria Específica, uma vez que estas envolvem voos fora da linha de visão do piloto (BVLOS – Beyond Visual Line of Sight).

Se está a utilizar drones da série Matrice 3D com DJI Dock 2 para operações remotas sem a presença de um piloto no local, será necessário cumprir os requisitos da Categoria Específica, que impõe um processo mais rigoroso de autorização e análise de risco.

Como obter autorização para operações na categoria específica

Para realizar operações de drones dentro da Categoria Específica na Europa, é necessário obter uma autorização operacional junto das autoridades nacionais de aviação do seu país. Dependendo do tipo de operação e da sua complexidade, há diferentes formas de assegurar essa conformidade, mas a metodologia mais comum é o SORA (Specific Operations Risk Assessment).

O SORA é uma ferramenta que avalia e minimiza os riscos associados a operações com drones. Ele envolve uma série de passos que permitem às autoridades avaliar se a operação proposta pode ser realizada seguramente, tanto para as pessoas no solo quanto para outras aeronaves no ar.

Entendendo o processo SORA

O SORA é essencialmente um guia detalhado para identificar e reduzir os riscos envolvidos numa operação de drone. Para os usuários da DJI Dock 2, esse procedimento é especialmente relevante, uma vez que pode envolver operações realizadas sem a supervisão direta de um piloto. As etapas principais do SORA consistem em:

  • Avaliação do Risco em Terra (Ground Risk Class – GRC): Avalia o potencial de causar danos ou impactos no solo e em áreas povoadas.
  • Avaliação do Risco Aéreo (Air Risk Class – ARC): Examina o risco de colisões com aeronaves tripuladas ou outros objetos no espaço aéreo.
  • Determinação do SAIL (Specific Assurance and Integrity Level): Combina os riscos identificados em terra e no ar para definir o nível de mitigação necessário.
  • Objetivos de Segurança Operacional: Após a definição do SAIL, é importante garantir que a operação siga as diretrizes de segurança estabelecidas pelas autoridades.

Conclusão

A DJI Dock 2 está a revolucionar a execução de missões com drones, tornando-as mais automatizadas e eficientes. No entanto, para aqueles que operam na União Europeia, é vital seguir as diretrizes de segurança estabelecidas pela EASA. É importante adotar o processo SORA, contar com apoio técnico local e garantir que as suas operações com drones são realizadas em segurança e em conformidade com a lei.  Se planeia utilizar a Dock 2 da DJI, a HPDRONES terá todo o gosto em fornecer-lhe todas as orientações sobre como cumprir os regulamentos locais e europeus, bem como os detalhes técnicos desta ferramenta.

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